CLIVE BARKER – ficcionista

Oscar Nestarez

Escritor, diretor e produtor de cinema, roteirista, dramaturgo, e artista plástico nascido em Liverpool (Inglaterra), em 1952. Reconhecido como um dos mais importantes nomes da literatura de horror de língua inglesa contemporânea, é autor de obras consagradas, como a série de seis volumes de contos Books of blood, publicados entre 1984 e 1985, e a novela The hellbound heart, de 1986, que um ano depois foi adaptada para o cinema como Hellraiser, com roteiro e direção do próprio Barker. Antes, ele havia assinado o roteiro dos filmes Underworld (1985) e Rawhead Rex (1987), ambos dirigidos por George Pavlou – o segundo tendo como inspiração um conto homônimo de Barker. Posteriormente, escreveu e dirigiu Nightbreed (1990), baseado na sua novela Cabal (1988), e Lord of Illusions (1995), adaptação de seu conto The last illusion (1985). Como produtor cinematográfico, responde por diversos títulos, destacando-se a segunda, a terceira e a quarta sequências de Hellraiser (cuja franquia, atualmente, abrange dez filmes), e o drama Gods and monsters (1998), dirigido por James Whale. Também trabalhou em roteiros para histórias em quadrinho e para jogos eletrônicos.

No campo literário, além de tornar-se uma referência no horror, Clive Barker também se destaca por narrativas de dark fantasy, como o romance Weaveworld (1987), os dois volumes de Imajica (1991), os romances Sacrament (1996) e Galilee (1998), e a pentalogia para young adults Books of Abarat, que atualmente consiste de três volumes: Abarat (2002), Days of magic, Nights of war (2004) e Absolute midnight (2011).

Esteticamente, a obra literária de Clive Barker destaca-se por gravitar entre o lirismo e a violência física, entre as esferas do sublime e o grotesco, entre o horror psicológico e o explicitamente medonho. É possível apontar, em suas narrativas, alguns denominadores comuns: a exploração e a perversão do corpo humano (e as inúmeras consequências daí decorrentes); o sexo como fonte inesgotável de prazer e assombro; subversão de elementos religiosos como alicerces do horror; o apuro na visualidade dos relatos, marca evidente da influência do cinema; e a exuberância imaginativa com que os espaços, as personagens e os enredos são construídos.

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

Clive Barker official Bio. Disponível em: https://www.clivebarker.info/news.html. Acesso em 15 maio. 2019.
SNYDER, Lucy A. Art and the artist: an interview with Clive Barker, 2019. Disponível em: https://web.archive.org/web/20100103095110/http://strangehorizons.com/2009/20090316/snyder-a.shtml. Acesso em 15 mai. 2019.
PHIL & STOKES, Sarah. Artist and Imaginer: The thirty-second and revelatory interview, 2017. Disponível em: http://www.cliveba:ker.info/intsrevel32.html. Acesso em 15 mai. 2019.