MACHADO DE ASSIS – ficcionista

Renata Philippov

Joaquim Maria Machado de Assis (1839-1908), jornalista, contista, cronista, romancista, poeta e teatrólogo e o fundador da Cadeira nº.23 da Academia Brasileira de Letras (e um de seus fundadores). É considerado por muitos o maior escritor brasileiro, com vasta obra publicada e republicada no Brasil e exterior. O menino pobre, nascido no morro do Livramento, no Rio de Janeiro, filho de um operário e de uma lavadeira, foi praticamente autodidata e trabalhou desde cedo em muitos empregos (tipografia, jornais, além de cargos de confiança ligados ao governo). Aos poucos foi conhecendo alguns dos autores, jornalistas e críticos mais importantes de seu tempo, fazendo parte de seu círculo de amizade e de trabalho.

Seu primeiro texto publicado, aos catorze anos de idade, foi o soneto “À Ilma. Sra. D.P.J.A.”, no Periódico dos Pobres (1854). Seguiram-se, durante sua longa vida, muitos poemas, contos, resenhas e críticas teatrais, crônicas e romances (estes inicialmente sob forma de folhetins), inicialmente publicados em jornais e revistas, tais como o Diário do Rio de Janeiro, O Espelho, Semana Ilustrada, Jornal das Famílias,  Futuro, Globo, O Cruzeiro, A Estação, Revista Brasileira. Segundo o portal sobre Machado de Assis da Academia Brasileira de Letras, “[a] obra de Machado de Assis abrange, praticamente, todos os gêneros literários. Na poesia, inicia com o romantismo de Crisálidas (1864) e Falenas (1870), passando pelo Indianismo em Americanas (1875), e o parnasianismo em Ocidentais (1901)”. Quanto aos romances, a fortuna crítica machadiana tendeu, por muito tempo, a classificá-los entre românticos e realistas: dentre os primeiros, elencamos Ressurreição (1872), A mão e a luva (1874), Helena (1876) e Iaiá Garcia (1878), enquanto os romances ditos “da fase de maturidade” seriam os realistas (Quincas Borba, Dom Casmurro, Esaú e Jacó e Memorial de Aires, publicados em formato de livros respectivamente em 1891, 1899, 1904 e 1908).

Mais recentemente, o rótulo de “escritor realista” começou a ser questionado pela crítica, pois uma leitura mais atenta de seus romances da maturidade permite ver que, na realidade, tal classificação é um tanto aleatória. De fato, o que dizer de seu romance Memórias Póstumas de Brás Cubas, publicado sob forma de folhetim na Revista Brasileira de 15 de março a 15 de dezembro de 1880 e sob forma de livro impresso em 1881? Afinal, a presença de um narrador que retorna das cinzas para relatar sua história, um “defunto autor”, com cuja alcunha prefere ser chamado, já traz a marca do insólito e quebra, ainda que pela chave da ironia, o paradigma de realismo e verossimilhança.

Dos mais de duzentos contos esparsamente publicados em diferentes periódicos, selecionou cerca de oitenta e os publicou em algumas coletâneas, sendo a primeira intitulada Contos fluminenses (1870), seguida de Histórias da meia-noite (1873), Papéis avulsos (1882), Histórias sem Data (1884) e Páginas Recolhidas (1889). É em vários desses contos que podemos ver a presença do insólito em suas diferentes vertentes, tais como o gótico, o fantástico e o grotesco. Passemos a alguns deles.

Em “Chinela Turca”, originalmente publicado em 1875 no jornal Época, sob pseudônimo de Manassés, e pertencente ao volume Papéis avulsos (1882), o narrador, jovem enamorado e ansioso por encontrar sua amada em certa noite, é interrompido pela chegada de uma personagem que se põe a lhe ler um drama que estava escrevendo. Com o passar das horas, os planos amorosos caem por terra e após a saída dessa personagem, a campainha toca novamente e o narrador é surpreendido pela chegada de uma autoridade policial, que diz que ele será levado para averiguações, sob acusação de ter roubado uma valiosa chinela turca, pertencente a uma rica dama da sociedade. O que se segue é um redemoinho de situações aparentemente sem nexo, beirando ao pesadelo, pois o narrador é levado a uma casa suntuosa, cujo dono diz que deverá se casar com sua filha (e assinar um documento deixando seus bens para o pai da noiva) ou morrer. Acaba fugindo ao pular de uma janela e correr pelo jardim, onde no centro está outra construção. Lá entrando, encontra o visitante que lhe havia impedido de se encontrar com sua pretendente. O final da narrativa deixa a dúvida no ar: houve, de fato, essa série de aventuras, ou tudo não passou de um sono ruim? Estamos diante, nesse conto, do insólito, que pode ser lido pela chave do fantástico, segundo a definição todoroviana: o narrador hesita entre acreditar no que acontece e é durante essa longa hesitação entre sonho e realidade, em que o leitor acompanha uma série de peripécias, muitas das quais marcadas pelo passar angustiante das horas marcado por um pêndulo, que nos remete ao conto “O Poço e o Pêndulo”, de Edgar Allan Poe. Em ambos os contos, temos a presença do pesadelo, do tormento da alma, da hesitação entre acreditar ou não no que está sendo narrado.

Outro conto marcado pelo insólito é “Entre Santos”, publicado em 1896 no jornal Gazeta de Notícias e, posteriormente, nesse mesmo ano, na coletânea Várias Histórias. Narra-se a história de um velho padre da Igreja S. Francisco de Paula, que, ainda jovem capelão, teria em uma certa noite ido verificar se a igreja estava bem fechada e que, ao notar uma estranha luminosidade vinda de dentro da nave, teria tido uma experiência sobrenatural: as imagens sacras do altar teriam ganho vida e os santos estariam em espécie de tribunal, decidindo se acatariam os pedidos de alguns dos fiéis. Em tom de ironia, beirando ao escárnio, com “penas de galhofa”, para se usar uma expressão machadiana, os santos desvelavam as reais intenções e personalidades de tais fiéis, mostrando seus pecados mais escondidos. O conto pode ser lido pela chave do fantástico, por conta da inserção do sobrenatural no real (estátuas ganhando vida, na calada da noite, em uma igreja bem marcada, em relato feito por uma autoridade eclesiástica acima de qualquer suspeita), do gótico (uma igreja soturna, apenas iluminada no altar – não pelas luzes da nave, mas sim por uma estranha luz emanada pelas próprias estátuas personificadas) ou do estranho (no fim das contas, tudo não teria passado de um pesadelo do padre, tarde da noite).

“Um Esqueleto”, publicado originalmente no Jornal das Famílias entre outubro e novembro de 1875 e não compilado por Machado em suas coletâneas, tem início, sob forma de prólogo, com um encontro de amigos tarde da noite, em conversa trivial. Passam a falar de histórias sobrenaturais e um deles, Alberto, relata uma história que lhe teria acontecido, de fato: a de como teria conhecido uma personagem chamada Dr. Belém, e de como teriam ficado amigos a ponto de frequentar sua casa com assiduidade. Personagem soturna, descrita com requintes de detalhes, morando em casa sombria, beirando ao gótico setecentista, Belém tinha o hábito de guardar em um armário, na sala de jantar, o esqueleto de sua primeira mulher. O leitor então se vê imerso em uma narrativa insólita, de prisma macabro e gótico, e, aos poucos, descobre que Belém sentia profunda culpa por ter sido responsável pela morte da mulher (a quem havia acusado de adultério) e, portanto, guardava seu esqueleto. Casado novamente aterrorizava sua segunda esposa, Dona Marcelina, dia após dia, com essa presença e fazia questão de que, à hora das refeições, o esqueleto estivesse sentado à mesa. O então jovem Alberto nos diz que nutria grande amizade e admiração pela esposa amedrontada, a ponto de Belém passar a suspeitar de adultério e organizar uma viagem assustadora, no meio da mata, para que apenas Marcelina e Alberto viajassem. Às sós, Marcelina e Alberto são surpreendidos de repente pela chegada de Belém, acompanhado do esqueleto da primeira mulher. Certos de que serão mortos, ficam aterrorizados. No entanto, Belém decide ir embora, acompanhado de seu único amor. A narrativa pode ser lida pelo prisma do fantástico, com a presença sobrenatural do esqueleto da mulher, pelo gótico (com a ambientação soturna, com o esqueleto sempre presente, com o final na mata escura), pelo diabólico (Belém, ao contrário da imagem de algo angelical trazido pelo nome – Belém, a cidade natal de Cristo -, age com requintes de crueldade, obrigando a esposa a conviver com o esqueleto e aterrorizando Alberto e a mulher, arquitetando um plano que quase termina em tragédia), pelo grotesco e macabro (o esqueleto como elemento aterrorizante) e pelo estranho todoroviano (com plena aceitação dos fatos, de forma racional).

Outro conto que também pode ser lido como pertencente ao insólito é “Sem Olhos”. Publicado originalmente no Jornal das Famílias em dezembro de 1876 e não incluído por Machado em suas coletâneas, recorre à forma de narrativa em moldura, trazendo três histórias, uma dentro da outra (caso também do conto “Um Esqueleto”, sendo neste duas histórias). A narrativa é iniciada com uma conversa trivial entre amigos e conhecidos, à hora do chá, e passa a versar sobre abusões (eventos marcados por crendices e superstições). Um dos convivas, o desembargador Cruz relata como, quando então um jovem bacharel recém-chegado ao Rio de Janeiro para estudar, muda-se para uma casa em que grandes cômodos são alugados para diferentes inquilinos. Um deles, Damasceno Rodrigues, tarde da noite, vem lhe fazer uma visita e se põe a falar coisas sem nexo e a recitar trechos bíblicos. Os dois se encontram mais vezes nos corredores e o narrador nos diz que decide visitá-lo. Acabam ficando amigos. Uma noite, no entanto, o narrador fica sabendo que o vizinho, descrito como excêntrico, muito soturno, de aparência cadavérica e beirando ao fantástico, morador de um cômodo muito mal mobiliado e iluminado, estava doente, e decide lhe fazer companhia. Em meio a uma conversa trivial, Rodrigues tem uma reação assustadora e diz ver os olhos flamejantes da mulher amada: a dona, moradora de uma fazenda distante no sertão baiano, e casada com um marido violento e rude, teria tido os olhos arrancados pelo marido enciumado de sua amizade com Rodrigues e nunca mais teria sido vista. Bastante enfermo e com crise descrita como de insanidade, este insistia, aterrorizado, que sua amada viera buscá-lo. Talvez sugestionado pelo relato aterrador, Cruz diz que também os viu e saiu correndo. No dia seguinte, ficou sabendo que Rodrigues estava morto. Teria Cruz, de fato, visto os olhos? O momento angustiante de hesitação permite ao leitor ler esse conto pela chave do fantástico e sobrenatural (a volta de uma morta, com olhos por onde saíam chamas aterrorizantes), do gótico (espacialidade escura, soturna e horripilante, com a volta da morta espectral e olhos de fogo e a figuração de personagem aterradora e cadavérica), do estranho (os fatos teriam acontecido, talvez: como duvidar de um desembargador, o leitor poderia se perguntar), do macabro e do grotesco. No entanto, o conto termina com a revelação jocosa por parte do narrador, o desembargador, de que Rodrigues nunca tinha existido.

Outra narrativa que pode ser elencada aqui como passível de ser lida pela chave do insólito é “O Espelho: esboço de uma teoria da alma humana”, publicado originalmente em A Gazeta de Notícias (1882), e na coletânea Papéis avulsos (mesmo ano). A narrativa gira em torno do Alferes, oficial de baixa patente, que vai visitar uma tia em propriedade rural bastante distante e isolada, e lá fica hospedado. Passa a ser bajulado por todos os moradores e visitantes por conta de sua patente, a ponto de ser nomeado apenas por ela e de ele constantemente se olhar, com orgulho, em um espelho, onde vê a sua imagem devidamente paramentada com o uniforme projetada diante de si. Em dado momento, chega a notícia de morte de um parente e o Alferes é deixado sozinho na propriedade, para cuidar dos escravos e da criação. Os dias passam e ele acha que os escravos gostam dele, de fato. Uma manhã, após noite de festa animada na senzala, pretensamente em sua homenagem, acorda totalmente sozinho: escravos haviam fugido em massa, levando os animais. O desespero começa a se apossar do Alferes e é acompanhado de profunda tristeza. Os dias passam e ele não mais se veste com a farda da patente. É então que, ao resolver se olhar no espelho novamente, percebe que não havia imagem refletida. O desespero se apossa do Alferes e ele decide se arrumar e retomar o uniforme. Ao se olhar no espelho novamente, desta vez devidamente paramentado, a imagem refletida se surge. Eis que o narrador termina o conto, de forma solene e irônica, em discurso sobre a alma humana. “O Espelho”, uma das narrativas e talvez objeto de maior fortuna crítica dentre os contos do autor, tem sido frequentemente lida pela chave da psicanálise freudiana, na relação entre id e ego, eu e outro, real e projetado. Por outro lado, é possível lê-la também pelo prisma do insólito, em chave gótica: afinal, tudo se passa em uma propriedade rural decadente, soturna e distante, isolada do mundo dito real, remetendo o leitor à espacialidade gótica dos romances ingleses dos séculos XVIII e XIX e tomadas como exemplos do gótico por teóricos como Botting (1996) e Punter & Byron (2004). Além disso, pensando especificamente em quando o Alferes, ao não se ver mais no espelho, não se reconhece mais sem a farda, talvez possamos dizer que sua imagem projetada, a imagem social de uma figura pretensamente iminente para todos a sua volta, não passaria de um vampiro, sugando a força vital da personagem, do homem por trás da farda. A ausência de imagem no espelho pode ser lida, ademais, pelo prisma do sobrenatural: fantasmas e vampiros não têm imagem projetada e o Alferes, tal um fantasma, vagava, sozinho e melancólico, pela propriedade abandonada, esta também, descrita como se fosse uma casa mal-assombrada.

Em “Igreja do Diabo”, publicado na Gazeta de Notícias (1883) e em Histórias sem Data (1884), temos a disputa por fiéis entre Deus e o Diabo. Crítica feroz contra idolatria sem sentido e fiéis hipócritas e apenas aparentemente tementes a Deus, o conto mostra o desespero do Diabo em fundar uma igreja mais importante e com mais adeptos do que a Deus. O foco narrativo em terceira pessoa nos traz a perspectiva do próprio Diabo, ou seja, estamos diante, mais uma vez, do insólito, pelo prisma do demoníaco, embora com vários tons de comicidade e ironia, pois, ao final, Deus, visto como prepotente pelo seu rival, vence a batalha e se regozija disso.

“Só”, publicado em 1885 na Gazeta de Notícias, é conto talvez menos conhecido do grande público, pois não entrou em nenhuma das coletâneas organizadas em vida por Machado. Traz a história de uma personagem cansada de tanto convívio social e que resolve imitar o primo e se isolar em uma casa distante por alguns dias, no sentido de experimentar a sensação de solidão. O que se segue é uma narrativa que mostra o desespero da personagem, que passa a arrumar a casa, encontrando traços de um antigo amor. Na sequência, crê que a mulher amada passe por sua janela e tenta, em vão, encontrá-la. Ou seja, a personagem se vê entregue a devaneios e mergulha em suas próprias memórias. De repente, não mais aguentando a solidão autoimposta por dois dias, sai correndo da casa, rumo à sociedade e, furioso com o primo por não ter sentido nada de bom durante sua estada – ao contrário do que este lhe havia dito, tenta encontrá-lo para tomar satisfações. Acaba descobrindo onde tinha falhado: não tinha levado ideias consigo. O final intempestivo e irônico do conto, na mesma linha de tantas outras obras de Machado, não nos impede de vermos traços do insólito: a casa, isolada e em localização precisa indefinida, pode ser vista pela chave do fantástico todoroviano, como fundamental para criar hesitação no leitor e fomentar sua credulidade; o clima de devaneio a que a personagem se vê compelida também pode ser visto como elemento do fantástico, pelo viés do onírico e sobrenatural; a casa é descrita de forma soturna, com mobiliário velho e poeirento, o que remete o leitor à espacialidade gótica; o final da personagem, mais uma vez em meio ao convívio social, quando descobre junto ao primo porque sua aventura não tinha dado certo – por falta de ideias – permite com que o conto seja lido também pelo prisma do estranho todoroviano, ou seja, pela aceitação dos fatos narrados como plausíveis e racionalmente explicados, ainda que de forma racional e, ao mesmo tempo, jocosa e irônica pelo narrador, tomando para si as palavras de Tobias, o primo.

Em “A Causa Secreta”, publicado na Gazeta de Notícias (1885) e, depois, em Várias Histórias (1896), temos uma narrativa de vingança perpetrada por uma pretensa vítima de adultério. Com requintes de crueldade, o amigo do vingador, apaixonado pela mulher do outro, tal em um laboratório, é manipulado por este, que observa com prazer seu sofrimento diante do caixão da amada. A ambientação soturna da casa isolada, a ausência de personagens outros que não os do triângulo amoroso (real ou imaginado), as descrições minuciosas do sofrimento de um enquanto o outro o observa, o episódio do velório, a baixa luminosidade do local, a crueldade diante do rato friamente torturado, enfim, são vários os elementos da narrativa que permitem com que seja lida pela chave do grotesco, do macabro e do gótico. Nesse conto, como em “Chinela Turca”, parece ecoar a voz de Edgar Allan Poe, em “O Barril de Amontillado” (1846), outra narrativa de vendetta (ou “vingança”) e em que Fortunato, nome da vítima, é emparedado vivo enquanto seu algoz vitoriosa e macabramente se vangloria do sucesso de seu plano macabro. No conto machadiano, temos também um Fortunato, só que aqui é ele o algoz, enquanto García, sua vítima, é torturado psicologicamente.

São, portanto, nos contos machadianos (nestes aqui mencionados, bem com em outros) onde podemos encontrar vários exemplos de espaços, personagens, tramas, tempos e narradores que podem ser lidos dentro do insólito ficcional, em seus variados gêneros, tais como o gótico, o fantástico, o estranho, o macabro, o sobrenatural e o grotesco.

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

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http://machado.mec.gov.br/.

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