DUPLO – século XIX e início do século XX

Aurora Gedra Ruiz Alvarez

A partir da primeira metade do século XX, encontramos as primeiras teorias que examinam a temática do duplo, quer segundo o enfoque da Psicanálise, como Sigmund Freud (1856-1939), Otto Rank (1884-1939), Jacques Lacan (1901-1981); quer da História das Religiões, da Mitologia, como Mircea Eliade (1907-1986), Eleazar M. Mielietinski (1918-2005), quer da Filosofia, como Clément Rosset (1939-2018), Georges Gusdorf (1912-2000) entre outros.

O estudo seminal do duplo remonta ao ensaio de Freud “O estranho” (Das Unheimlich), de 1919, que discute o conflito psíquico do indivíduo diante das manifestações pertencentes à ordem do “anormal”. O título escolhido pelo psicanalista nomeia a vivência psíquica de Nathanael, o protagonista do conto “O homem de areia” (“Der Sandmann”) de Hoffmann.

De acordo com Freud (1976, p. 277), o vocábulo Unheimlich deriva do substantivo Heim, “casa”, “lar”, em alemão. O adjetivo “heimlich” pode ser traduzido por doméstico, familiar, enquanto o seu antônimo guarda o sentido do que não é familiar, conhecido. Os dois campos semânticos não representam uma oposição, uma bipolaridade, segundo a leitura que Nefatalin Gonçalves Neto faz do entendimento de Freud, mas “um paradoxo” (2011, p. 31), pois, essas duas experiências psíquicas, “para além da ambiguidade, exprimem simultaneidade” (2011, p. 32).

Consoante Gonçalves Neto (2011, p. 32), “os termos dúplices em alemão funcionam psicanaliticamente para demonstrar o sentimento do sujeito que, ao presenciar situações e circunstâncias diferentes, acaba por transitar do sentimento do familiar para o do estranho e do assustador”. Unheimlich (FREUD, 2010, p. 331) descreve, assim, o estado de inquietação diante do insólito, que se evidencia no trânsito em que o sujeito não reconhece as fronteiras entre o que é da imaginação, do mundo psíquico, e o que é da esfera do consciente. O estranhamento diante dessas realidades antinômicas e, ao mesmo tempo contíguas, desestabiliza o sujeito. No caso da narrativa de Hoffmann, o trauma de Nathanael pela morte do pai em uma explosão é interpretado na infância por uma associação que a personagem estabelece entre Coppélius, um alquimista que participava dos experimentos científicos quando seu pai morrera, e o “homem de areia”, um ser amedrontador que jogava areia nos olhos das crianças que se recusavam a ir dormir, conforme história contada por sua família para fazê-lo adormecer. Mais tarde, Nathanael desloca a imagem de Coppélius para Coppola, um vendedor de barômetros. O insólito introduz-se com a desarticulação do mundo empírico e a incidência de estados de loucura que impossibilitam a personagem de resolver seu conflito, de distinguir o que nasce da sua fantasia, da sua alienação mental, do que pertence à realidade.

Otto Rank, por sua vez, dá a sua contribuição ao tema do duplo, partindo do universo folclórico-mitológico de povos primitivos, examinando as crenças acerca da sombra, do reflexo no espelho, como projeções do eu, entendidas como representações do misterioso duplo que acompanha o indivíduo em toda a sua vida (RANK, 2013, p. 100). Nessa perspectiva, os temas passam por variada configuração, como pode ser lido em O duplo: um estudo psicanalítico, que teve sua primeira publicação em 1925. Para Rank, essas culturas consideram a sombra, o seu duplo, “a real essência da alma” (1925, 2013, p. 102). Desse pensamento advém tanto o respeito a ela, manifesto nas religiões, nos tabus, quanto o medo de romper com essa crença, pois a perda da sombra significa a morte (RANK, 1925, 2013, p. 100). Considera o psicanalista que esse conteúdo mítico-folclórico perdura nos povos civilizados, quer inscrito nas práticas culturais, quer na literatura, e nasce na psicologia dos escritores, forjada por sua vivência e pela tradição.

O aproveitamento do substrato folclórico foi muito profícuo para a literatura, particularmente dos séculos XVIII e XIX, quando muitos escritores resgataram esse material cultural primitivo para compor as suas obras, a exemplo do conto “O pescador e sua alma” (2004), de Oscar Wilde, inicialmente publicado em 1891 na coletânea A casa das romãs, com segunda publicação no ano seguinte, com o título O príncipe feliz e outras histórias. Nessa narrativa, a personagem passa a viver um conflito ao perceber a manifestação do insólito: crê que sua alma (seu duplo) se interpõe entre ele e a sua amada sereia. Esse drama persecutório se finda tragicamente com a morte da personagem, ao tentar separar a sombra (sua alma) de seu corpo com uma faca (RANK, 1925 e 2013, p. 100). Essa tensão entre o eu e o outro se dá também em O retrato de Dorian Gray (1890), do mesmo escritor.

Nesse romance de Wilde, o desdobramento do protagonista inicia-se durante a criação do seu retrato por Basil Hallward. Diante da tela, Dorian Gray revela o desejo de se manter eternamente jovem e de que as marcas do envelhecimento sejam destinadas a seu retrato – pedido atendido pelo pintor. A partir desse ato começa a gestar o insólito, um pacto diabólico, sinistro. Quando Dorian, com crueldade, rejeita Sibyl e ela se suicida, surgem no retrato os primeiros traços de envelhecimento que se acentuam à medida que ele se entrega à devassidão e comete outros crimes. Essa inusitada evidência denunciada no retrato desestabiliza tanto o protagonista que ele termina por sentir aversão a si, à sua beleza. De acordo com Otto Rank, o retrato, tal como um espelho, atua como “a consciência visível de Dorian” (1925, 2013, p. 35), que o atormenta até o seu desfecho trágico.

Do conjunto de conteúdos míticos, a lenda de Narciso foi a mais difundida no Ocidente, não só nas produções artísticas, como entre os teóricos do mito no século XX. Segundo Clément Rosset (1976, 2008, p. 108), “o erro mortal do narcisismo não é querer amar excessivamente a si mesmo, mas, ao contrário, no momento de escolher entre si mesmo e seu duplo, dar preferência à imagem”. O estudioso entende o narcisismo como fenômeno dúplice, segundo a tese fundamentada na filosofia que estuda as relações entre o homem e as representações sociais, ou seja, de que Narciso “sofre por não se amar; ele só ama a sua representação” (1976, 2008, p. 108), diferentemente do enfoque de Otto Rank, que trata da questão à luz da psicanálise e defende a ideia de que o duplo é uma criação da desordem íntima do escritor ou da personagem, que se manifesta como consciência “que persegue e atormenta” (1925, 2013, p. 100), assim como representa o temor ancestral da morte e o anseio de imortalidade, como se viu também em O retrato de Dorian Gray (1890, 2012).

Ovídio, em Les métamorphoses (8 d.C./1966), representa Narciso como aquele que se torna o sujeito e o objeto da relação amorosa. Por não discernir inicialmente a sua imagem (imago) da sua sombra (umbra) no ser refletido no lago, seduzido, projeta seu amor ao que imagina, ao vazio. Essa relação de contiguidade, de busca da complementaridade do eu com o outro, revela, a princípio, a impossibilidade de o sujeito distinguir o ser do não-ser, de não perceber a cisão da unidade que se realiza entre o eu e o duplo invertido, alienante, vislumbrado na projeção especular.

A descoberta dessa duplicidade no desfecho do mito incide com o insólito que sobrevém introduzindo um grande conflito psíquico, como se vê no monólogo de Narciso: “[…] Oh! Se eu me pudesse dissociar de meu próprio corpo!/ Desejo insólito em um amante, o que eu amo, o que eu amo, eu gostaria que fosse separado de mim.” (OVIDE, 8 d.C./1966, p. 102, tradução nossa) / “[…] Oh! si je pouvais me dissocier de mon propre corps!/ Souhait insolite chez un amant, ce que j’aime, ce que j’aime, je voudrais en être séparé. (OVIDE, 8 d.C./1966, p. 102). A tensão é gerada pelo conhecimento do mundo empírico (que aguarda que o objeto amoroso seja externo ao sujeito) e pela revelação do caráter incomum desse amor que foge das convenções e por isso precisa rejeitá-lo (ALVAREZ, 2011, p. 81).

Conforme Clément Rosset (1976, 2008, p. 90), o duplo representa o afastamento da realidade, a assunção de um desejo, mesmo inconsciente, de rejeitar o real. A lâmina d’água, ou qualquer objeto que possa atuar como espelhamento, são elementos propiciadores da duplicidade, criadores de uma “falsa evidência”, porque o sujeito busca encontrar na imagem refletida o ser ideal, que será bem valorado no mundo das representações sociais. “É por isso que a busca do eu, especialmente nas perturbações de desdobramento, está sempre ligada a uma espécie de retorno obstinado ao espelho e a tudo o que pode apresentar uma analogia com o espelho” (ROSSET, 1976, 2008, p. 90), como se encontra no conto “O espelho” (1882, 1997) de Machado de Assis.

Dando atenção ao conto machadiano, observa-se que o aplauso da família e dos amigos à conquista da patente de alferes da Guarda Nacional atua de modo decisivo na identidade psicossocial do protagonista Jacobina. No antológico estudo sobre essa personagem, Alfredo Bosi aponta o “esvaziamento da alma humana”, como causa da duplicidade, ou seja, a agudização do apreço ao prestígio pessoal junto aos que o rodeavam encarece “o Narciso fardado que o antigo espelho de luxo de tia Marcolina refletia quando mirado por Jacobina” (BOSI, 2014, p. 239). No entanto, no momento que a personagem se vê afastada do convívio daqueles que a superestimam, sente a solidão e teme mirar-se no espelho, com “receio de achar-[se] um e dois, ao mesmo tempo, naquela casa silenciosa” (ASSIS, 1882, 1997, II, p. 350). Nessa desestabilização se insere o insólito, fenômeno tecido com os sobressaltos que afligem o protagonista diante da possibilidade de enfrentamento do duplo. O conflito aumenta ainda mais quando ele decide, por fim, olhar o espelho. A imagem que se erige na superfície especular é “esfumada, difusa, sombra de sombra” (ASSIS, 1882, 1997, II, p. 350). Essa experiência mostra que a espetacularização de si, alimentada pela relação social, foi mediada por imagens e não pelo “eu”. Valendo das reflexões de Raquel de Sousa Ribeiro acerca do mundo das representações sociais, pode-se dizer que na relação da cópia com o que transcende o ser, há “a separação do indivíduo de sua própria essência, reduzido à sua imagem social” (RIBEIRO, 2011, p. 273). Por conseguinte, “a supressão da personalidade acompanha fatalmente as condições da existência submetida às normas espetaculares” (DEBORD, 2008, p. 191) e torna esse ser “sombra da sombra” (ASSIS, 1882, 1997, II, p. 350).

Consoante Rosset (1976, 2008, p. 88-89), o outro perturba, incomoda, porque representa a imagem real do eu que o sujeito recusa assumir: “No par maléfico que une o eu a um outro fantasmático, o real não está do lado do eu, mas sim do lado do fantasma: não é o outro que me duplica, sou eu que sou o duplo do outro. Para ele o real, para mim a sombra”, ou dito de outro modo, para esse ser que se duplica, resta-lhe o mundo das representações sociais.

Rosset considera que no jogo entre a realidade e a representação, a imagem do duplo também prenuncia caminhos, pistas, que o indivíduo pode ou não apreender e aceitar como acesso ao autoconhecimento. No conto referido, a figura de Jacobina, em seu relato de primeira pessoa, é a de um homem maduro, “casmurro” (ASSIS, 1997, II, p. 346), representante da alta burguesia – que deixou de ser o Joãozinho do tempo anterior à patente de alferes –, cujo discurso, agora, é consciente, cáustico, irredutível em suas certezas, sem aquiescências a questionamentos.

Na mesma modalidade endógena configura-se o herói de O duplo (1846, 2003) de Fiódor Dostoiévski que apresenta senhor Goliádkin, um funcionário tímido, que deseja fazer parte da elite da cidade de São Petersburgo e não consegue realizar o seu intento. Abatido pelos fracassos torna-se inseguro e busca a invisibilidade. Entretanto, no conflito latente entre desejar o reconhecimento social e temer a exclusão, manifesta-se o insólito, fenômeno que rompe com o mundo empírico, com a realidade representada pelo estatuto ficcional e introduz o metaempírico, de que fala Filipe Furtado (1980, p. 36), a propósito da instalação do fantástico na narrativa: dá-se o aparecimento do duplo à imagem de si, como visão mental aterradora que só Goliádkin capta.

Em outros termos, pode-se dizer que se instala um Doppelgänger, expressão cunhada por Jean Paul Richter, pseudônimo do escritor alemão Johann Paul Friedrich Richter, no romance Siebenkäs (1796). Segundo Nicole Bravo (1997, p. 261), no verbete acerca do duplo para o Dicionário de mitos literários de Pierre Grimal, o vocábulo alemão Doppelgänger se traduz por “duplo”, “segundo eu”, “aquele que caminha ao lado”, “companheiro de estrada”. Na novela de Dostoiévski, o outro partilha de todas as vivências de Goliádkin, “caminha ao [seu] lado”. Inicialmente se apresenta amigável, atuando de forma complementar a personagem. Pouco depois, entretanto, torna-se provocante, escarnecedor, traiçoeiro. O duplo transita do familiar ao estranho (unheimlich), conforme Freud (1976, p. 277).

De acordo com Mikhail Bakhtin, o “duplo fala pelas palavras do próprio Goliádkin” (1929, 1963, 2008, p. 248). Com a decomposição da voz do protagonista no segundo “eu”, que se opõe a Goliádkin, este entra em colapso e o conflito interior se dramatiza progressivamente à medida que o duplo passa a dominá-lo. Deste ponto em diante a narrativa torna-se mais complexa; as fronteiras entre a realidade e a alucinação, a consciência e a inconsciência se diluem.

Acontecimento semelhante comparece em “William Wilson” (1839/2017), de Edgar Allan Poe. O duplo, nesse conto, figura ser o oposto do protagonista. Enquanto este é arrogante, maldoso, seu avatar é generoso, sempre pronto a impedir as transgressões do primeiro. Reconhecer-se no outro torna-se tão insuportável ao protagonista que mesmo distante de seu duplo, continua a se sentir perseguido por ele, ou melhor, por sua própria consciência, representada pela evocação de seu segundo “eu”, que desafia, aterroriza e provoca o embate entre o ego e o superego, questão muito cara à psicologia. Essa presença/ausência constitui o insólito que permeia por quase toda a narrativa e adensa de tal sorte a instabilidade da personagem a ponto de ela não diferençar o ser do não ser; o eu do outro.

Orientados pelos olhares de Jano, plasmados em dupla face, os estudiosos, particularmente da primeira metade do século XX, discutem o duplo tomando como base textos literários do seu tempo e do passado, e, por extensão, este verbete também assim se realiza. As bases teóricas apresentadas evidenciam a complexidade da alma humana que se materializa nas ações de personagens mítico-literárias, como Narciso, o pescador do conto de Wilde, ou em personagens literárias (Dorian Gray, Jacobina, Goliádkin, William Wilson), instâncias ficcionais portadoras dos dramas do homem. Em todos esses casos as tensões ganham frequência e intensidade –, configuração que também caracterizará a presença do duplo na literatura contemporânea.


REFERÊNCIAS

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